terça-feira, 12 de julho de 2011

Mezuzá: nossa proteção Divina

Hoje em dia, e sempre, a mezuzá, uma mitsvá que tem acompanhado o povo judeu ao longo dos anos, mais do que nunca constitui o sinal de que nesta residência ou estabelecimento se encontra um judeu, e em sua porta sua maior proteção: D'us.


"Mezuzá" é a palavra hebraica para designar umbral. Consiste em um pequeno rolo de pergaminho (klaf) que contém duas passagens bíblicas, manuscritas, "Shemá" e "Vehaiá". A mezuzá que deve ser afixada no umbral direito da porta de cada dependência de um lar ou estabelecimento judaico, obedece ao seguinte mandamento da Torá: "Escreve-las-ás nos umbrais de tua casa, e em teus portões" (Deuteronômio VI:9, XI:20)


A mezuzá tem uma função semelhante à do capacete. Ao usá-lo, um possível acidente é evitado ou amenizado. Do mesmo modo, quando é casher, a mezuzá tem o poder de proteger os moradores da casa e evitar infortúnios.
É no conteúdo, guardado em seu interior, que reside o verdadeiro valor da mezuzá, e não em seu invólucro. A mezuzá não deve ser julgada pela sua aparência. Para ser casher deve ser escrita à mão, sobre pergaminho, e por um sofer (escriba) temente e observador dos mandamentos divinos, habilitado para esta função, o que é fator essencial para tornar o pergaminho sagrado.
No momento em que é afixada no batente da porta, ela atrai a santidade de D'us que pairará sobre a casa ou estabelecimento.
No verso do pergaminho estão escritas as letras hebraicas Shin, Dalet e Yud, que forma o acróstico das palavras hebraicas "Shomer Daltot Israel" – "Guardião das casas de Israel".


A mezuzá tem uma função semelhante à do capacete. Ao usá-lo, um possível acidente é evitado ou amenizado. Do mesmo modo, quando é casher, a mezuzá tem o poder de proteger os moradores da casa e evitar infortúnios.




Conteúdo
A Mezuzá contém duas passagens bíblicas que mencionam o mandamento Divino de afixá-la nos umbrais das portas: "Shemá" e "Vehaiá" (Devarim 6,4-9 e 11,12-21).


O "Shemá" proclama a unicidade do D'us único e nosso eterno e sagrado dever de servi-Lo, e somente a Ele.


O "Vehaiá" expressa a garantia Divina de que nossa observância dos preceitos da Torá será recompensada e nos previne sobre as consequências se os desobedecermos.


A mitsvá da mezuzá demonstra claramente que não somente a sinagoga ou qualquer outro local de estudo são sagrados, como também nosso lar.




Significado
Embora atualmente existam centenas de sofisticados equipamentos de vigilância (câmeras, aparatos eletrônicos, entre alarmes e até cercas elétricas) para o povo judeu a mezuzá afixada na porta sempre constituirá sua maior proteção.


Ao entrar ou ao sair seremos sempre lembrados de quem é o verdadeiro "Guardião das casas de Israel."




Cuidados na aquisição
É importante lembrar que o componente principal da mezuzá é o pergaminho, e não o estojo. Deve-se tomar cuidado na hora da compra da mezuzá, pois ela é um objeto sagrado. Deve ser escrita por um escriba autorizado, com tinta e pena apropriadas sobre um pergaminho de um animal casher.


Mesmo que na hora de sua compra a mezuzá esteja casher, ela pode, com o tempo, tornar-se inválida por várias razões. Uma única trinca numa pequena letra pode tornar a mezuzá não-casher, imprópria para uso; por isso ela deve ser periodicamente verificada por um escriba competente.




Leis referentes à colocação da mezuzá
  • O rolo de pergaminho é enrolado no sentido do comprimento e envolvido por um plástico ou papel e colocado dentro de um estojo e afixado ao batente da porta. É permitido talhar uma cavidade (com menos de 7,5 cm de profundidade) no batente para lá colocar a mezuzá.
  • A mezuzá deve ser colocada em cada entrada da casa (mesmo que apenas uma entrada seja usada normalmente), escritório, loja, fábrica, etc.
  • Pátios e propriedades fechadas por cercas ou muros também devem possuir mezuzá, que deve ser colocada na entrada, uma vez que está escrito que as mezuzot precisam ser afixadas "nos teus portões".
  • Coloca-se uma mezuzá na entrada de cada cômodo no interior da casa, não somente na porta principal, mas em todas as portas que conduzem a aposentos com área mínima de 1.80 m2 (inclusive despensa e quarto de empregados).
  • Não se coloca mezuzá nas portas de banheiros, toaletes ou casas de banho.
  • Ela é afixada no terço superior do batente direito, na parte mais externa do umbral e em posição oblíqua, com a parte superior apontada para o interior do aposento, para os ashkenazim, e em posição quase reta para os sefaradim.
  • Quando a porta se abre para dentro do cômodo a mezuzá é afixada do lado direito de quem entra; quando a porta se abre para fora, ela é afixada do lado direito de quem sai.
  • Não se deve afixar a mezuzá atrás da porta dentro de casa.
  • Se mais de uma mezuzá fôr afixada ao mesmo tempo (em várias portas), uma só bênção é suficiente (na primeira a ser afixada).
  • Onde não houver porta entre dois ambientes, o lado direito será considerado da entrada para o aposento mais importante.
  • Numa casa própria a benção da mezuzá é recitada na hora da colocação, enquanto que numa alugada, é recitada somente sobre a mezuzá afixada após trinta dias do início da locação. (exceto na Terra de Israel, onde devem ser afixadas imediatamente).
  • O costume Chabad é afixar as mezuzot logo, sem recitar a bênção; e no trigésimo dia trocar a mezuzá da porta principal por outra de melhor qualidade e então recitar a brachá.
  • A mezuzá só precisa ser colocada em casas ou cômodos construídos para uso permanente (uma sucá, por exemplo, não precisa de mezuzá, pois é uma moradia temporária).
  • Toda abertura construída com dois batentes e uma verga precisa de mezuzá (se não possuir uma porta para fechá-la, coloca-se sem recitar a brachá, bênção).
  • A mezuzá pode ser afixada por qualquer membro da família.
  • Quando nos mudamos de uma casa e sabemos que um judeu se mudará para lá, devemos deixá-las.
  • Desde tempos imemoriais a mezuzá, vem marcando o lar judeu e identificando-o como uma residência judia. O judeu deve lembrar ao entrar e ao sair, da Presença Divina e de Sua Unicidade, bem como de seu dever de acatar todas as leis e todos os preceitos contidos na Torá.
  • Maimônides explica que são ignorantes os que consideram a mezuzá um amuleto, algo que traz sorte para a casa. "Aqueles tolos não apenas deixam de cumprir a mitsvá, mas tratam uma grande mitsvá, que diz respeito à Unicidade de D'us e nos lembra a amá-lo e venerá-lo, como se fosse um amuleto destinado a beneficiá-los pessoalmente...".
  • É costume colocar a mão direita sobre a mezuzá e beijá-la, ao entrar e sair de casa.
  • As mezuzot devem ser examinadas ao menos duas vezes a cada sete anos, embora seja aconselhável que sejam revisadas uma vez por ano por um escriba devidamente qualificado. Mesmo se na hora de sua compra a mezuzá esteja casher, ela pode, com o tempo, tornar-se inválida.
  • Em caso de dúvida um rabino deve ser consultado.
Bênção
Antes de afixar a mezuzá, a seguinte bênção deve ser recitada:
Baruch Atá A-do-nai E-lo-hê-nu, Me-lech haolám, asher kideshánu bemitsvotáv vetsivánu licbôa mezuzá.
"Bendito és Tu, ó Eterno nosso D'us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou afixar a mezuzá."




Duas Histórias
O poder da mezuzá
O Talmud nos conta que Ônkelos, filho de Kalônimos (eminente personagem do antigo Império Romano), ao converter-se ao judaísmo, despertou a ira de César.


César enviou um grupo de soldados para induzi-lo a mudar de idéia, mas ocorreu justamente o contrário. Ônkelos conseguiu persuadir os soldados a se converterem, como ele próprio havia feito.


César enviou outros soldados prevenindo-os para não conversarem com Ônkelos. Os soldados agarraram-no para levá-lo perante César, e ao deixar a casa, Ônkelos pousou sua mão na mezuzá e sorriu.


Ao perguntarem-lhe porque fazia isto, respondeu: "Habitualmente, quando um rei de carne e osso está dentro de seu palácio, seus servos protegem-no, e ficam do lado de fora. :Nosso Rei do Universo permite que seus servos sentem do lado de dentro, enquanto Ele os protege".


Também aqueles soldados converteram-se.
Rabi Yehudá Hanassi, o "Príncipe"




Relato do Talmud
O Talmud relata uma história sobre o grande Rabi Yehudá Hanassi (o "Príncipe"): Artaban, o rei de Partin enviou-lhe como presente uma pérola maravilhosa. Rabi Yehudá retribuiu com outro presente – uma mezuzá. Ultrajado pelo que lhe parecia zombaria, o rei repreendeu severamente a Rabi Yehudá:"–Vós me insultastes. Eu vos enviei um presente de valor incalculável e vós retribuistes com uma ninharia sem valor!"


Rabi Yehudá apressou-se em explicar: "O presente que me enviastes é tão valioso que deverá ser cuidadosamente vigiado, ao passo que o que eu vos dei vos guardará mesmo quando estiveres dormindo".

TSITSIT: talit catan e talit gadol

TSITSIT: talit catan e talit gadol
 

Disse Rabi Shimon bar Yochai:
"Quando o homem levanta de manhã e coloca
os tefilin e tsitsit, a Shechiná (Presença Divina)
paira sobre ele e proclama: ‘Tu és Meu servo,
Israel, através do qual Serei Glorificado.’"


O exército de cada soberano traja-se com seu uniforme distinto; é o símbolo da lealdade que o soldado deve a seu rei. O povo de Israel também possui suas insígnias especiais que o identificam como o servo de D’us. Uma delas são os tsitsit.

Há dois tipos de talit: o talit catán (pequeno), também chamado de "tsitsit", usado durante o dia debaixo da camisa; e o talit gadol (grande), usado somente na Prece Matinal. As franjas do talit, denominadas tsitsit, funcionam como lembrete de todas as mitsvot da Torá. Ao colocar o talit, deve-se ter em mente que D’us nos ordenou que nos envolvêssemos nele a fim de que possamos nos lembrar de cumprir todos Seus mandamentos.

Vestimentas

A Torá exige que os tsitsit fiquem ligados às vestes humanas e esta relação pode ser detectada numa breve revisão da origem e do si
gnificado dos trajes humanos.
De acordo com a Torá, as roupas têm a sua procedência no pecado de Adam e Chava. O homem foi criado perfeito, sem ter quaisquer maldade em seu interior. Não tinha más inclinações e nem conhecia tentação alguma por prazeres físicos. Na pureza de sua mente, o sentimento de vergonha era completamente desconhecido. Todos os órgãos e membros do seu corpo eram iguais, cada um tendo que cumprir a sua parte na execução da missão Divina do homem sobre a terra. Em qualquer ocasião, fosse um exercício aparentemente espiritual ou um ato físico, só havia uma consideração: o cumprimento da Vontade Divina.

Após ter pecado ao comer o fruto da Árvore do Conhecimento, adquiriu consciência do prazer físico do qual não se dava conta antes, quando sua alma predominava sobre as coisas materiais. Em sua mente então contaminada, o bem já não era mais puramente bom. Percebeu que certas partes do seu corpo estavam mais diretamente associadas com o senso do prazer físico. A exposição destes membros fazia agora surgir nele um sentimento de vergonha por dois motivos: primeiro, porque eram uma lembrança da humilhante queda do homem sob o poder da luxúria e em segundo lugar, porque significavam uma fonte de tentação.

Por esses motivos, o homem sentiu-se envergonhado com a sua nudez e quis cobrir o seu corpo.
Após o seu pecado, Adam e Chava tiveram a sensação e a consciência do nu e prepararam para si roupas para cobrir seus corpos. Assim, as roupas lembram ao homem sua queda do estado de pureza absoluta para outro da sucetibilidade à tentação e uma luta interna entre as aspirações da alma Divina e as paixões do corpo físico.

Talvez, por este motivo (para ser um lembrete) somos obrigados a prender as franjas dos tsitsit à nossa roupa. Pois os tsitsit não fazem parte integrante do traje e não possuem utilidade material. Os tsitsit e as vestes servem assim essencialmente ao mesmo propósito: os tsitsit advertindo-nos para ficarmos em guarda contra as inclinações do "coração e dos olhos" – (os dois provocadores do pecado) e o traje de uma lembrança vivIda na primeira vez em que o homem sucumbiu ao pecado.

O propósito

A mitsvá de tsitsit é mencionada duas vezes naTorá:

a)"…Que façam para eles tsitsit (franjas) sobre as bordas das suas vestes, pelas suas gerações e porão sobre os tsitsit da borda um cordão azul celeste. E será para vós por tsitsit e vereis e lembrareis todos os mandamentos de D’us e os cumprireis e não errareis indo atrás (do pensamento) do vosso coração e atrás (a vista) dos vossos olhos, atrás dos quais vós andais errando; para que vos lembreis e cumprais todos os Meus mandamentos e sejais santos para com vosso D’us." (Bamidbar. XV: 38:41)

b) "Franjas farás para ti e as porás nos quatro cantos de tua vestimenta com que te cobrires." (Devarim XII:12)

A própria Torá assim explica o propósito dessa mitsvá. Na primeira passagem citada encontramos tanto as metas imediatas como aquelas a prazo longo. As imediatas consistem em um princípio positivo e um negativo:

Lembrete permanente 

Ao mandar olhar para os tsitsit D'us queria que o homem atingisse vários objetivos.

a) nos lembra todos os mandamentos para que os observemos;

b) evita que sigamos as inclinações do nosso coração e dos nossos olhos que tendem a nos levar para a infidelidade (a D’us).

c) para lembrarmos e observarmos os mandamentos de D’us; e

d) nos elevar a um nível de santidade e nos tornar santificados perante D’us.

Como podem estas singelas franjas, ligadas ao nosso traje, atingir uma meta tão elevada e abrangente? Como pode a visão dos tsitsit nos ajudar a compreender o nosso "eu" espiritual e alcançar nosso objetivo de perfeição humana?

Para entender isso, precisamos nos aprofundar um pouco mais nos aspectos simbólicos deste preceito. Nossa pesquisa nos revelará que poucos mandamentos são tão ricos em simbolismo e contêm tantas alusões e lembretes como essa mitsvá. E uma vez que tenhamos aprendido a reconhecer e a apreciar esses símbolos e alusões compreenderemos a eficácia do tsitsit e porque foi dito que este único preceito é eqüivalente a todas as mitsvot daTorá (Menachot 43b).

A mulher está isenta deste preceito, pois a Torá reconhece sua conexão muito mais direta com D’us através de sua natureza e sensibilidade natas e a considera bastante ciente dos seus deveres, não necessitando do lembrete constante dos tsitsit para recordar-se dos mandamentos daTorá.

Tsitsit e Cohen Gadol


O termo tsitsit lembra o tsits, a placa de ouro usada pelo cohen gadol, o Sumo Sacerdote, na qual estavam gravadas as palavras "Santidade a D’us" (Shemot 28:36). Assim como tsits é derivado do hebraico "fitar" porque era usado na testa um lugar visível a todos. Tsitsit também é derivado da mesma raíz. Tsitsit se refere também aos cabelos, ou "franjas" na fronte. Assim, essa palavra denota que as franjas devem ser vistas, olhadas: e sua melhor tradução é portanto "franjas à mostra" (i.e., as franjas ligadas à veste a fim de serem vistas). Na verdade e mais a fundo, o relacionamento tsits/tsitsit é mais do que etimológico e os tsitsit do homem comum são de fato um modelo do tsits do cohen gadol.

Significado

Os tsitsit pelo seu nome e maneira com que estão ligados à roupa, aludem aos 613 preceitos daTorá: o eqüivalente numérico da palavra tsitsit é 600; some a isso 8 pelo número de fios e 5 pelo número dos nós e terá 613. Os cinco nós indicam também que temos de nos amarrar aos cinco Livros de Moisés, ao passo que os oito fios sugerem os oito órgãos do corpo que estimulam o homem a pecar (os ouvidos, olhos, boca, nariz, mãos, pés, genitais e o coração), que devem ser subjugados e santificados.

Assim, a vista dos tsitsit serve ao propósito de lembrar o homem as suas obrigações Divinas (os 613 preceitos daTorá) e protegê-lo de cair vítima dos atos pecaminosos relacionados com os órgãos mencionados. A visão atenta dos tsitsit serve como lembrete que conduz a uma observância consistente daTorá ("e o vereis e lembrareis… e os cumprireis").

Os tsitsit devem portanto ser usados em peças de roupa regulares (quadradas, de quatro pontas) e não devem ser restritos ao talit (xale de orações) usado somente na hora das preces. Pois, como Ibn Ezra escreve em seu comentário, "É mais importante estar envergando os tsitsit em outras horas que não as da oração, a fim de lembrar em todos os momentos a não se desviar e cometer um pecado; pois na hora da prece o homem não peca."

E embora aTorá exija tsitsit somente numa peça de quatro cantos, sugerindo assim que, em faltando tal peça de roupa, a pessoa está isenta de sua obrigação, Rabi Isaac Abarbanel nota em seu comentário: "Eles devem fazer para si tsitsit …pelas suas gerações…" para ensinar que, mesmo no decorrer das gerações, quando os israelitas não costumarem mais a usar trajes de quatro pontas, deverão, assim mesmo fazer algumas peças de quatro pontas e colocar os tsitsit ligados nelas. Daí se vê claramente o conceito errôneo daqueles que argumentam que, se a pessoa não deseja usar um traje de quatro pontas, fica isenta da mitsvá do tsitsit.

O fio azul, extinto 

As franjas à mostra despertam no homem uma consciência direta da Presença Divina. Esta era a função especial que tinha o fio azul (Techelet) cuja coloração era obtida através da extração do pigmento do Chilazon, um peixe, e especialmente processado; atualmente extinto.
Por que o azul foi escolhido entre todas as cores?

Porque o azul se assemelha à cor do mar e o mar parece com a cor do céu e o céu se assemelha à ‘cor ’ do Trono de Glória de D’us!"

A vista dos tsitsit induz uma visão mental, uma consciência da Shechiná (Presença Divina). Em qualquer uma das direções — leste, oeste, sul e norte — que nos voltemos (aludidas pela especificação da peça de quatro cantos), os tsitsit nos tornam conscientes da presença de D’us.
Hoje não temos mais um fio azul porque oChilazon (um anfíbio conchífero) do qual o pigmento azul era extraído está atualmente oculto e desconhecido. Mas o seu significado continua válido quando lemos o preceito deTechelet . Já que em hebraico a palavraTechelet é parecida comTachlit que quer dizer "meta final", o significado doTechelet vem lembrar ao homem que o último e definitivo objetivo de tudo é a Shechiná.

A passagem da Torá


A passagem da Torá que determina o preceito do tsitsit põe em contraste a lembrança e a observância dos "mandamentos de D’us" com o seguir "atrás do vosso (próprio) coração e dos vossos (próprios) olhos, atrás dos quais vos desviais".

Esta contraposição sugere mais do que o sentido literal aparente. Pois aTorá não especifica um "andar atrás" de inclinações pecaminosas, mas pronuncia uma advertência geral e abrangente, de "não seguir atrás do vosso coração e dos vossos olhos" — independente de quais sejam as intenções. Ao ponderarmos este constraste, seu sentido latente se torna óbvio:

O coração é a sede das emoções humanas, dos sentimentos pessoais do homem. Os olhos, na terminologia daTorá, configuram sabedoria e intelecto. A Torá no contexto da mitsvá do tsitsit , assim nos adverte para "não ireis atrás do vosso coração (as emoções e sentimentos) e vossos olhos (o intelecto), atrás dos quais vos desviais".

Não é, pois, a nossa opinião e nossos ideais pessoais (não importa quão nobres e elevados possam parecer), que devemos seguir, mas sim os mandamentos de D’us. Mesmo quando nosso coração e nossa mente aquiescem em assuntos daTorá por causa do apelo intelectual ou atração sentimental, nós temos de observar os preceitos e as instruções daTorá como mandamentos de D’us.

É tão somente a natureza supra-racional e supra-sentimental dos mandamentos como decretos Divinos que lhes empresta seu caráter de verdade e de relevância absolutas.

Racionalismo e sentimentalismo como critérios únicos e independentes são caminhos essencialmente perigosos e geralmente enganadores "atrás dos quais vos desviais."

Segundo os nossos livros sagrados, o motivo de envolver o corpo com o talit sensibiliza o coração do homem e o desperta para um sentimento de temor a D’us.

A razão pela qual os tsitsiyot também são chamados naTorá deGuedilim, é que, segundo o costume judaico, mesmo um menino pequeno deve vestir o talit catan a fim de educá-lo quanto ao cumprimento das mitsvot, para que, ao crescer, sinta cada vez mais o gosto e a "doçura" delas.
Por isso são denominados de Guedilim (do hebraico Guidul que significa"crescimento"), pois as mitsvot vão crescendo com ele.

O motivo do número de voltas entre cada espaço de nós nos tsitsiyot , respectivamente 7, 8, 11 e 13 é que eles totalizam o mesmo valor numérico das palavras Hashem Echad (D’us Único) que, em hebraico, é 39.

O valor numérico da palavra tsitsit em hebraico é o mesmo das palavras hebraicas tsedacot (que significa "justiças") enesher (que significa "água"). Isso nos esclarece que quem guarda a mitvá do tsitsit terá o mérito de contemplar a Face da Shechiná (Presença Divina), conforme está escrito: "Eu com justiça verei Tua Face"; e merece também que se concretize (sobre ele) a profecia: "E vos transportarei sobre asas de águias."

A palavra Ure‘item (que significa "e vocês verão" os tsitsiyot) tem o mesmo valor numérico que a palavra tsitsit bayom ("de dia" — quando se aplica a mitsvá do tsitsit).

O motivo pelo qual envolvemo-nos no talit ainda antes de colocar os tefilin, é que a mitsvá de tsitsit é mais freqüente (pois vestimos mesmo no Shabat e nos dias santificados) e isto lhe dá prioridade.
Em cada borda do talit encontramos 5 nós, ou seja 20 nas 4 pontas, eqüivalentes às mãos e aos pés nos quais encontramos 20 dedos. Isto transmite a idéia que todos os membros humanos encontram-se a serviço de D’us.

Os livros místicos relacionam a mitsvá de tsitsit com a visão profética de mercavá ("carruagem") que consiste num dos assuntos mais profundos do Tanach e que é explicado nos livros clássicos da Cabalá e Chassidut. O profeta Yechezkel visualiza quatro formas diferentes, anjos com asas, etc. A intenção de D’us na criação do homem é que ele assimile as características dos seres superiores. O corpo do homem é um só, mas se ramifica em quatro órgãos fundamentais: o cérebro, o coração, a língua e o Berit Milá que devem ser suportes da "Carruagem" Divina. (A idéia do conceito Mercavá -Carruagem, segundo os ensinamentos de Chassidut, define de forma alegórica a submissão e anulação dos interesses e tendências pessoais perante D’us: assim como a carruagem não possui vontade própria e é submissa àquele que a dirige.)

Este é o motivo de envolver-se com o talit de quatro pontas (eqüivalentes aos quatro seres da Mercavá) e esta também é a razão da Torá chamar as pontas de Cnafot (da mesma raíz queCnafayim em hebraico, cujo significado é "asas", fazendo da lusão à elevação do homem através desta mitsvá. E por este motivo também é que de cada uma das quatro pontas saem oito fios, iguais ao número de faces e asas de cada um dos seres da mercavá totalizando 32, eqüivalente aos 32 caminhos da Chochmá (Sabedoria).

Leis referentes ao talit


Os tsitsit devem ser colocados em qualquer vestimenta que cubra o corpo e que tenha 4 pontas (bordas) — duas na frente e duas atrás.

  • Os fios (do tsitsit) devem ser preparados (desde a fiação), trançados e colocados apropriadamente na veste, especialmente com o intuito da mitsvá do tsitsit.
  • Os tsitsit e a veste devem ser do mesmo material. É preferivel, porém que sejam ambos de lã, ou pelo menos que os fios sejam de lã.
  • Comprimento dos fios de tsitsit deve ser de no mínimo 24cm e de preferência acompanhando a seguinte proporção: 1/3 de comprimento para os nós e espaços intermediários (do tsitsit) e os 2/3 restantes para o fios soltos (após o último nó).
  • Se um dos fios soltos do tsitsit se romper, o talit ainda permanece casher. No caso de mais de um fio ter se cortado, um Rabino ortodoxo deverá ser consultado.
  • Os fios do tsitsit devem ser trançados e caso um deles se desfie, esta parte é considerada ausente.
  • A obrigatoriedade do tsitsit se aplica (apenas) nas horas diúrnas. Portanto a respectiva berachá, bênção, não deve ser pronunciada antes do amanhecer ou após o pôr-do-sol.
  • Apesar da obrigação recair apenas nos horários diurnos, é costume vestir o talit catan também ao dormir durante a noite, para que dessa forma mesmo ao permanecer desacordado após o início do dia, já estejamos cumprindo a mitsvá. Assim também, de acordo com os ensinamentos, é meritório vestir o talit catan mesmo de noite. Porém ao amanhecer, a berachá do talit catan deve ser recitada sobre uma outra veste. Não havendo outro talit catan, costuma-se mover os fios dos tsitsit, recitando então a berachá.
  • Segundo o costume Chabad somente homens casados vestem o talit gadol, recitando a berachá apenas sobre este talit com a intenção que ela recaia também sobre o talit catan.
  • Ao tomar um talit emprestado para rezar, costuma-se recitar a berachá sobre o talit, a não ser que esteja sendo utilizado somente ao ser chamado naTorá; neste caso não se recita a berachá.
  • Se após vestir o talit gadol, este caiu completamente do corpo, deve-se repetir todo o processo da Atifá, inclusive recitar a berachá novamente. Se isto acontecer quando a pessoa se encontra no meio da prece, quando não é permitida a interrupção por conversa, coloca-se o talit, mas espera-se até depois da Amidá, Prece Silenciosa, para recitar a berachá. Se o talit caiu durante a Amidá, a própria colocação do Talit também é efetuada depois.
  • Mas se o talit permanecer no corpo, mesmo que parcialmente, não precisa repetir a berachá. Se ficou apenas nas mãos é considerado como se tivesse caído totalmente.
  • Se alguém tirou seu talit gadol com a intenção de recolocá-lo em seguida, já que teve este pensamento, não é necessário repetir a berachá.
  • A veste do talit, mesmo quando invalidado, não deve ser utilizada de forma desprezível, uma vez que já foi usada para uma mitsvá.
  • Caso um dos fios de tsitsit tenha caído ou sido cortado não se deve jogá-lo fora ou empregá-lo de maneira desprezível. É costume utilizá-lo como marcador de algum livro sagrado (já que se trata de um objeto com o qual foi realizada uma mitsvá), para que continue a desempenhar uma função semelhante.
  • É recomendável evitar, ao vestir o talit , que os tsitsiyot se arrastem pelo chão.
  • A parte da veste do talit catan ou gadol que foi colocada (vestida) na frente ou em cima, deve permanecer sempre na mesma posição, em todas as vezes que for vestida. Para tanto é costume fazer um sinal que sirva de lembrete na extremidade superior interna do talit gadol e na parte dianteira do talit catan.
  • A largura do talit catan deve ser de no mínimo uma Amá , ou seja 48 cm e o comprimento deve ser de no mínimo duas Amót , excluindo o orifício central, por onde o talit é vestido, de forma que resta uma Amá no peito (pela frente) e uma Amá por trás. Ao usar um talit catan menor do que estas medidas no dia de Shabat, cria-se o problema adicional de estar carregando no Shabat.
  • Deve-se tomar cuidado para não usar um talit gadol estreito ou curto demais. O seu tamanho mínimo é o necessário para poder envolver a cabeça e uma boa parte do corpo ao mesmo tempo.
  • Para meninos de 6 a 13 anos de idade, que já devem usar o talit catan a fim de se acostumar com a mitsvá de tsitsit pode-se basear nas opiniões que permitem medidas menores das mencionadas acima para o talit catan. Nosso costume é de iniciá-los nesta mitsvá desde os três anos de idade.
  • Deve-se procurar um talit bonito, assim como todas as mitsvot devem ser realizadas da melhor maneira e minuciosamente (Hildur Mitsvá).
  • Assim também ao comprar os tsitsit, deve-se verificar o seu estado e adquirí-los de pessoa de confiança, para ter certeza que todo o material empregado foi preparado especificamente para a mitsvá de tsitsit e que possua as medidas certas.
A maneira correta de vestir 
o talit catan e o talit gadol

Se ao vestir o talit catan, as mãos da pessoa estavam sujas ou impuras, estando inapta a pronunciar a berachá, ela deve ser dita mais tarde, após netilat yadayim (depois de abluir as mãos), movendo os tsisiyot, etc.
Deve-se separar os fios dos tsitsit um do outro, de forma que estejam sempre soltos (e não entrelaçados).

Ao vestir o talit catan ou gadol deve-se meditar na intenção Divina ao ordenar este preceito, de nos lembrar de todas as mitsvot e cumpri-las além (é óbvio) da intenção de cumprir a própria mitsvá do tsitsit.

Antes de pronunciar a bênção referente aos tsitsit, deve-se verificá-los atenciosamente, de modo a certificar-se que estão casher (aptos ao uso) a fim de evitar pronunciar a bênção em vão.

Este exame é sempre necessário a não ser que a pessoa se atrase por causa da verificação e isto não lhe permitirá rezar junto com a congregação.

A berachá de tsitsit e (no caso do talit gadol) seu envolvimento no corpo — devem ser feitas em pé.

Ao falar o trecho de "Baruch Sheamar " na prece, seguram-se na mão direita os dois tsitsiyot da frente (do talit catan para solteiros e do talit gadol para os casados) e no fim deste trecho ("Melech Mehulat Batishbachot") se beija os fios do tsitsit.

Na bênção anterior ao Shemá Yisrael (em Shacharit, Prece da Manhã) ao chegar na palavra "Vahaviênu" pegam-se os dois tsitsiyot da frente e em seguida os de trás, primeiro do lado esquerdo e depois do direito.

Seguram-se todos os tsitsiyot na mão esquerda entre o anular e o minguinho e perto do coração. Chegando no terceiro capítulo do Shemá ("Vayômer") , seguram-se as pontas dos tsitsiyot também com a mão direita. Ao mencionar as seguintes seis palavras — 1)tsitsit, 2) tsitsit, 3)Letsitsit, 4) Emêt, 5) Cayemet, 6) Laad —passamos os tsitsiyot nos olhos e em seguida os beijamos.

Bênção pronunciada ao colocar o talit Catan

Tratando-se de homem solteiro que não veste talit gadol, deve-se vestir o talit catan, recitar a berachá, segurando e movendo os tsitsiot antes de pronunciá-la.

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM, ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU AL MITSVAT TSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou sobre a mitsvá de tsitsit ."

Talit Gadol


Antes de envolver-se no talit gadol, coloca-se o talit dobrado no ombro direito. Procede-se a verificação dos tsitsiot enquanto recitam-se os seguintes versículos:

BARECHI NAFSHI ET A-DO-NAI. A-DO-NAI E-LO-HAI GADALTA MEOD, HOD VEHADAR LAVASHTA. OTÉ OR CASSALMÁ, NOTÉ SHAMAYIM CAYERIA. (Salmos CIV:1-2) 

"Abençoe, ó minha alma, ao Senhor. Ó Senhor, meu D’us. Tu és magnificamente exaltado. Tu Te vestiste de majestade e esplendor. Tu Te envolves de luz como um manto. Tu expandes os céus como uma cortina."

Depois abre-se o talit completamente. Antes de se envolver no talit, recita-se a seguinte berachá:

BARUCH ATÁ A-DO-NAI E-LO-HÊNU MÊLECH HAOLÁM ASHER KIDESHÁNU BEMITSVOTÁV VETSIVÁNU LEHIT ‘ATÊF BETSITSIT.

"Bendito és Tu, ó Senhor, nosso D’us, Rei do Universo, que nos santificou com Seus mandamentos e nos ordenou envolver-se em tsitsit."

Após a berachá cobre-se a cabeça até (inclusive) os olhos com o talit permanecendo assim (por um curto espaço de tempo) envolvido à moda árabe, tomando as duas extremidades do lado direito e jogando-as ao ombro esquerdo (por trás). Enquanto envolto no talit recitam-se os seguintes versos:

MA YACAR CHASDECHÁ E-LO-HIM, UVENEI ADAM BETSEL. KENAFECHÁ YECHESSAYUN. YIRVEYUN MIDESHEN BETECHA, VENACHAL ADANECHA TASHKÊM, KI IMECHÁ MECOR CHAYIM, BEORECHÁ NIR‘É OR. MESHOCH CHASDECHÁ LEVODEECHÁ, VETSIDCATÊCHA LEYISHREI LEV.

(Salmos XXXVI:8-11)
"Como é preciosa Tua bondade, ó D’us; os filhos dos homens se refugiam na sombra de Tuas asas. Eles se saciarão com a delícia de Tua Casa e Tu lhes darás de beber do rio da Tua bem-aventurança. Pois Contigo está a Fonte da Vida, na Tua Luz veremos luz. Concede Tua Bondade para Teus conhecedores e Tua Justiça para os de coração reto."

Durante as orações é nosso costume permanecer com o talit cobrindo a cabeça.

União de Casados PIBA

Um departamento de casados que nasceu no coração de Deus, e teve seu início no dia 07/09/2004, e com 6 casais apenas deu-se o início a esta organização chamada UNIÃO DE CASADOS.

Tendo o objetivo de direcionar e orientar, dinamizar e promover a integração entre os casais da PIBA através de estudos doutrinários sobe a perfeita forma de viver uma vida conjugal com Amor, Respeito Mútuo, Elogios, Reverência e Gratidão aos pés do Senhor.

Realizando estudos, orações, lazer entre os casais participantes e fazendo da família um grande instrumento de evangelização segundo o seu viver de acordo com a vontade de Deus.

Ore! Divulgue! Participe!

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